segunda-feira, 7 de junho de 2010

Tecnologia na Copa


Junho
Chegou o mês de Junho, além de marcar o meio do ano, e nos fazer pensar em como o tempo passa rápido, este ano junho tem Copa do Mundo. E Copa do Mundo faz relembrar dos velhos tempos com satisfação. Garotos ainda, embalados pelas conquistas anteriores, vimos o Brasil ser campeão em 1970.
1970
Nesse ano eu nem tinha entrado na escola ainda. Frequentava o jardim de Infância na Igreja Luterana cuja professora era a Ruth Schirle. A grande novidade foi uma TV Preto e Branco Telefunken em casa. Um ano antes, na chegada do homem a lua, ainda assisti essa histórica cena na casa do vizinho, O Sr Gartner que morava em frente de nossa casa. Assistia lá também o Topo Gigio, sempre da varanda. O Sr. Gaertner tinha um daqueles carros antigos cujo nome era Vanguard, e o ficava polindo quase que diariamente, e assistíamos sempre essa cena.
Copa
Quando chegou junho, e parece que os junhos de 40 anos atrás eram mais frios, veio a Copa. Pelé, Jairzinho, Tostão, Gerson Rivelino, eram as figuras que nós garotos já estávamos acostumados a torcer. A transmissão por vezes falhava, mas mal ou bem deu pra assistir a Copa. Desta feita foi a vez de outros vizinhos irem assistir a Copa em casa.
Campeões.
Brasil campeão, saímos para comemorar. Dentro de um fusquinha, fizemos diversas vezes o trajeto da Antônio Kaesemodel, já asfaltada pelo então prefeito Otair Becker. Foi a primeira vez que vi tamanho congestionamento naquela via. A segunda vez foi no centenário em 1973, onde a pé você chegava mais rápido do que de carro para a exposição que era nas recém inauguradas instalações da Artefama. O único ônibus do Gatinho, chegava a levar mais de 1 hora para ir do centro até a exposição. Voltando à comemoração, lembro das bandeirinhas e da música “Eu te amo meu Brasil etc...” e da “70 milhões em ação etc...”
1974
Nessa copa já havia a transmissão colorida, pouquíssimas pessoas tinham naquele momento uma TV colorida em casa. Fomos assistir a maioria dos jogos na casa do Victor Keil. Apesar da transmissão ser colorida, era um colorido desbotado e tosco ainda. Mas já valeu a experiência. O Brasil até que ia bem, mas tinha Alemanha Holanda e Polônia nas finais. E dessa vez não deu.
1978
Essa copa, já com TV colorida, tinha um problema para nós. Os jogos passavam em pleno horário de aula. E as freiras do Colégio São José não dispensavam os alunos. Mas consentiram em que cada sala de aula tivesse uma TV levada por um dos alunos. Como as TVs da época ainda eram grandes e pesadas, o jeito foi assistir a copa naquelas Tvs preto e branco de 14 polegadas. Confesso que perdeu um pouco a emoção. Mas valeu pela bagunça no ambiente rigoroso de sala de aula. Também não deu para o Brasil, ficamos no meio do caminho.
1982 em diante
A evolução das TV´s continuou, cada vez mais leves, cores mais definidas, áudio stereo, até chegarmos na copa anterior de 2006 com as Tvs de plasma e LCD. Hoje já comuns em grande parte dos lares. A novidade hoje, ainda não muito acessível, é a TV 3D em três dimensões. Isso realmente é um avanço muito grande e na copa do Brasil 2014, já estará disponível em maior escala. Quem já assistiu o filme Avatar sabe do que estou falando. Será uma experiência muito boa ver a copa com essa tecnologia.
2018
Para 2018, poderemos assistir a copa numa TV enrolável. Já foi desenvolvida pela Sony, uma TV de 9 polegadas da espessura de um antigo filme de máquina fotográfica, que pode ser enrolada num tubo que cabe no bolso. A idéia é desenvolver até lá, uma tela dessas com 50” ainda com transmissão 3D. Vc levará sua TV, enrolada num tubo minúsculo para qualquer lugar. É só desenrolar, e assistir. Para 2022 não consigo antever nada ainda melhor que isso.
Tecnologia
O fato é que a tecnologia avança a passos largos. Para quem em 1962 só podia acompanhar a copa ouvindo rádio, para em 2018 assistir uma copa em uma TV enrolável e 3D, é um desenvolvimento sensacional para apenas 50 anos de história da humanidade. Será que um dia chegaremos a uma tecnologia onde, apenas conectamos uma antena em nossa cabeça, e nosso cérebro estimulado por conversores da antena, e de olhos fechados, teremos acesso às imagens ao vivo do que acontece nos estádios? Sem nem precisar usar os olhos? Quem sabe.
O fato é que meu avô, falecido em 1972, morreu não acreditando que o homem tenha ido para a lua 3 anos antes. Dizia ele que tudo isso era mentira e que era impossível tal feito. Enquanto isso o velho futebol continua apaixonando gerações, e só ficou diferente na forma de como o assistimos. As traves sempres estarão ali para que os gols façam uma nação vibrar ou chorar.

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